Fonte: Amazônia Jornal - Edição de 02/04/2010
Paralisação em Ananindeua será na quarta-feira. Servidores querem que prefeito participe de negociações.
Os 40 mil alunos matriculados na rede de ensino municipal de Ananindeua correm o risco de ficar sem aulas a partir da próxima semana. Na quarta-feira, 7, os professores paralisarão suas atividades por 24 horas para forçar uma audiência com o prefeito do município, Helder Barbalho. Eles querem que o prefeito assuma o lugar da secretaria municipal de Educação, Eliete Braga, na mesa de negociação salarial. Os trabalhadores se reunirão em frente ao prédio do poder municipal às 9 horas.
O ato pode ser encarado como um indício de greve geral da categoria, segundo o sindicato. 'Esta paralisação servirá como um alerta, pois não vamos recuar na preparação da greve até que sejam atendidas as nossas reivindicações', declarou o secretário de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), em Ananindeua, Jair Pena. A assessoria de comunicação da prefeitura de Ananindeua foi procurada para comentar o assunto, mas não se manifestou até o fechamento desta edição, na noite de ontem.
A rede municipal de Ananindeua possui 52 escolas próprias e 37 prédios alugados para esta função. No total. 3.200 profissionais em educação são responsáveis pelo pleno funcionamento das escolas. São eles que ameaçam cruzar os braços por tempo indeterminado caso as negociações com o poder municipal não evoluam a contento. Entre os 11 tópicos da campanha salarial deste ano, destacam-se o reajuste salarial de 25%, o fim da suplementação da jornada e a regularização do pagamento do vale-alimentação, suspenso desde janeiro. As informações foram fornecidas pelo Sintepp.
Direito ao vale-alimentação foi suspenso
'O prefeito Helder Barbalho pratica desde o fim do ano passado um ataque aos nossos direitos, provocando a redução da remuneração em R$ 140,00, quando suspende o vale-alimentação. A lei do Plano de Cargos está sendo rasgada, pois o vale está previsto nela. A suspensão do vale-alimentação para mais de 3 mil trabalhadores em educação, não reajuste do piso salarial somado com a lentidão para extinguir a suplementação, as salas de aula superlotadas, estão se transformando no estopim da greve iminente na educação municipal de Ananindeua', disparou Jair Pena.
Pena acusa a prefeitura de utilizar recursos provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para o pagamento dos 37 prédios usados como escolas. Na prática essa é uma manobra legal, contudo, o secretário de comunicação do Sintepp desconfia das reais intenções do prefeito.
A suspensão do pagamento do vale-alimentação também é motivo de revolta entre os servidores da educação. 'A secretária de Educação alegou que o pagamento do vale foi suspenso por quatro meses (janeiro a abril), pois há insegurança quanto à verba do fundo. Ela alega a receita do Fundeb (R$ 50,2 milhões) não irá ser concretizada pelo governo Lula e, por ser conservadora na avaliação, prefere retirar o vale durante quatro meses.', destacou o sindicalista.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
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