No dia que deveria ser de comemoração, professores foram às ruas para mostrar a situação precária enfrentada pelos profissionais da educação pública do Estado. Segundo Matheus Ferreira, integrante da coordenação do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Pará (Sintepp), existe um grande déficit de educadores qualificados. Cerca de 4 mil professores sem graduação integram o quadro do magistério no Pará. “Principalmente nos municípios do interior, onde há uma carência, essa realidade é muito presente. Os professores são leigos”.
O coordenador do sindicato dos professores de Salvaterra, Hevaldo Progênio, conta que no município boa parte dos educadores também não tem formação. “Isso prejudica a qualidade do ensino, porque os professores não têm o domínio sobre a disciplina para poder passar aos estudantes”. No entanto, os problemas na educação paraense não se resumem a isso. Ontem, durante a marcha, que seguiu da Praça do Operário, em São Brás, até a Universidade Estadual do Pará (Uepa), diversos problemas foram pontuados, como a violência nas escolas, déficit de oito mil professores no Estado, precárias condições de trabalho e jornada de trabalho sem tempo programado para planejamento.
Todos os problemas citados durante a marcha foram debatidos e apresentados à secretária estadual de educação, Socorro Coelho, durante uma audiência pública no auditório da Uepa. Durante os debates, o coordenador-geral do Sintepp, Willams Silva, fez a leitura de um manifesto, e apresentou propostas para o o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) para a categoria.
Segundo ele, entre as principais questões do PCCR, estão a carga horária, com o mínimo de um terço reservado para o planejamento de aulas, o vencimento-base de acordo cm o Departamento Intersindical de Estatísticas e estudos Socioeconômicos (Dieese), que elevaria o salário dos professores para R$ 1.990,00. Atualmente o vencimento a R$ 1.132,00.
Silva conta que o PCCR é uma luta histórica da categoria. “Desde os anos 80 se debate isso, porque o que existe hoje no Estado é o regime jurídico, que prevê todos os direitos dos trabalhadores do magistério, mas não contempla todos os profissionais da educação, então nós queremos PCCR unificado”. (Diário do Pará)
Fonte: Diário do Pará – 16/10/2009
domingo, 18 de outubro de 2009
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