Amazônia Jornal Edição de 06/02/2010
O piso salarial dos profissionais da educação deveria subir de R$ 510,00 para R$ 2 mil, aos que tem nível médio, e R$ 4.010,00 para os que possuem diploma de nível superior. Esta é uma das principais propostas do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da categoria, que foi apresentado na manhã de ontem pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) ao governo, no primeiro dia de rodada de discussão do Plano.
A reunião foi realizada na Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof) e contou com a presença do titular do órgão, José Júlio Lima, e do secretário adjunto de Gestão, Carlos Alberto Leal. Na ocasião, foi possível ter uma prévia de como serão as negociações salariais este ano. O assunto será discutido apenas em março, mas os representantes do sindicato adiantaram ao governo que esperam um reajuste de 80%.Eles querem que o auxílio-alimentação de R$ 300,00 para todos os níveis. Atualmente, quem possui nível médio recebe R$ 100,00 para alimentação e os de nível superior contam com benefício de R$ 110,00.
Os profissionais de educação pública representam mais da metade do funcionalismo estadual. De acordo com o Sintepp, cerca de 60 mil pessoas integram a categoria, enquanto o Estado conta com 101 mil funcionários públicos. Durante o encontro de ontem, o grupo de trabalho formado para discutir o assunto analisou números referentes ao quadro funcional, folha de pagamento e o orçamento da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
José Júlio destacou que o salário dos servidores da educação foi realinhado de acordo com o reajuste do salário mínimo no contracheque de janeiro. Segundo ele, esse reajuste gerou um impacto de R$ 5 milhões na folha de pagamento, cujo valor em dezembro estava em cerca de R$ 78 milhões e, em janeiro, saltou para R$ 83 milhões.
Debate girou apenas em torno do Plano que deve ser enviado à AL
A coordenadora-geral do Sintepp, Conceição Holanda, explica que, neste primeiro momento, o debate girou apenas em torno do PCCR, que deve ser enviado à Assembleia Legislativa até a primeira quinzena de março. O governo se comprometeu a fazer uma projeção da proposta do sindicato e apresentá-la na próxima quinta-feira, dia 11, quando foi marcada uma segunda reunião. 'Primeiro vamos discutir o plano de carreira. Depois, segundo o governo, até o dia 24 de março, quando se encerram as discussões do PCCR, começamos a discutir o reajuste salarial', revelou Conceição Holanda.
Além da remuneração, o Plano de Carreira da categoria trata, também, de alguns benefícios, como a 'gratificação pelo exercício do magistério'. Conceição Holanda conta que esta gratificação já é paga. 'Mas, por meio do plano, queremos garantir que isso não será retirado', explica.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
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